quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Disque 100 - Agora é DDN - Disque Denúncia Nacional

O disque 100, agora esta melhor, com mais serviços ampliados.

Agora ele passa a ser o DDN  - Disque Denúncia Nacional.

A partir de Agora, o Disque 100, o qual a ligação é gratuita, e pode ser feito de qualquer telefone, e quem não quiser se identificar, pode usar o anonimato, e fazer a denúncia em um telefone público (orelhão).

Desde que foi implantado, tem crescido o número de denuncias, e nós como pais, e ou amigos da(a) criança(s), temos que ajudar na divulgação e concientização, pois a informação, é o melhor caminho para que todos membros da familia, tenha acesso as informações de combate a pedofilia.

Quando o serviço foi implantado em 1997, atendia e atende:

* VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTIL E JUVENIL

* ABUSO SEXUAL INFANTIL E JUVENIL

* PEDOFILIA

* PEDOFILIA PELA INTERNET

* EXPLORAÇÃO SEXUAL

* NEGLIGÊNCIA

* ABANDONO

* BULLING

* VIOLÊNCIA PSICOLÓGIA E OU AMEAÇA

* EXPLORAÇÃO ECONÔMICA USANDO CRIANÇA E OU ADOLESCENTE

* TRÁFICO INFANTIL

* TRABALHO INFANTIL

* OMISSÃO INTITUCIONAL





SERVIÇOS AMPLIADOS

Agora, este serviço que é coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, ampliou e aceita denuncias também para:


* PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS - AGRESSÃO E OU VIOLÊNCIA

* PESSOAS IDOSAS - AGRESSÃO E OU VIOLÊNCIA A IDOSOS

* HOMOFOBIA - AGRESSÃO E OU VIOLÊNCIA A GAYS, LÉSBICAS E TRANSSEXUAIS

* MORADORES DE RUA - AGRESSÃO E OU VIOLÊNCIA A MORADORES DE RUA











quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Quero virar chacareiro

Ontem, dia 15 de dezembro de 2010, após o Congresso Nacional, tanto a Câmara de Deputados, quanto ao Senado, onde aconteceu o decreto que elevou de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil o salário de deputados federais e senadores. Enquanto que para aumentar o salário mínimo, o governo diz que não pode, e la vem aquele monte de desculpas de blá, blá, blá.

Tal aumento, vem com efeito cascata para os estados e municípios, enquanto que o trabalhador é arrochado, já o pequeno empreendedor, tem uma carga tributária exacerbada.

Se não bastasse isto, temos que conviver com vários serviços público, onde o que tem é desserviço, corporativismo, e uma total falta de ética profissional, onde impera a vantagem para o servidor que não gosta de ser cobrado, onde faz coco em cima do seu juramento profissional, e vive no reino da mentira. Claro que não são todos, mas serviço público neste pais, já foi sério.

A insegurança permeia nas ruas, ou melhor, o PCC é a bola da vez, onde faz sua justiça, não admitindo estupradores e nem violentadores de crianças.

Os amigos, este sim, são muitos, quando você tem dinheiro e poder, mas o que vale mesmo, é a conveniência. Claro que tem os reais e sinceros, que fala não aquilo que você gosta de ouvir, mas o que precisa ouvir.

Pra falar a verdade, estou bem de saco cheio, de tanta falsidade, hipocrisia, inclusive dentro da igreja, onde também tem pastores (não são todos), mais preocupados em mostrar seu sapato brilhoso cromo alemão, ou sua oratória e instrumentalidade que pode gerar lucros, não par o reino, mas para si.

Tudo o que eu quero, é parar de ver tanta violência nos telejornais, de andar assustado na rua, com medo as vezes até da sombra, ou do sombra.

Sendo assim, quero virar chacareiro, poder plantar e colher, ver a terra dar o seu fruto, ver como Deus é generoso, em uma semente ver poder nascer um milharal. Claro que por vezes aparece as ervas daninhas, mas mil vezes ela, do que as ervas danadas da cidade grande. E não é só ervas não, tem o pó, a pedra, o ferro, a pistola, o fuzil, metralhadora, bazuca, e até polícia corrupta.

Bons tempos aquele, que eu podia ir pescar com o Tio Jaci na beira de um lado, vendo ele com toda sua simplicidade, plantar e colher.

Ou ainda quando eu podia ia na chácara do Seu Eduardo buscar cana, ou comer aquelas deliciosa goiabas ou comida feita a lenha pela saudosa Dona Tilde do Perracine.

Os tempos hoje são outros, vivemos nas redes sociais, com informação em tempo real no globo terrestre, e até fora dele.

Mas minha vontade hoje, é virar chacareiro.






terça-feira, 14 de dezembro de 2010

“Aviso: fotógrafo também cobra por seus trabalhos”

O texto abaixo, foi obtido em um fórum de discussão fotográfica, vale a pena ler, afinal, vez outra aparece um que não usa ou não tem simancol.  

Ficamos discutindo na lista, que na nossa profissão de fotógrafo, essas coisas acontecem também. Cada um deu sua opinião e depoimento de como fazem para escapar de tais constrangimentos. No decorrer do mesmo dia,  por coincidência, deparei com outros dois artigos na internet que me chamaram muito a atenção. O primeiro do fotógrafo Rodrigo Baleia, da National Geographic, com o título: “Aviso: fotógrafo também cobra por seus trabalhos”. No texto, excelente e vale a pena ler, Rodrigo faz uma espécie de desabafo quanto aos valores oferecidos pela mídia quanto a compra de fotografias. Há uma reclamação geral dos fotógrafos que com a introdução da fotografia digital começou-se esse tipo de desvalorização com os profissionais da fotografia. Rodrigo Baleia é um dos colaboradores do blog da National Geographic Brasil. Leia o texto clicando aqui. (http://migre.me/2Wan1)

O outro artigo do qual mencionei, trata-se de uma divertida brincadeira do fotógrafo Marco Moreira que ele chama de “Como enlouquecer um fotógrafo”. Leia o texto clicando aqui. (http://migre.me/2WaqO)

Marco numera os 12 motivos que fazem enlouquecer qualquer fotógrafo.

Baseada na tabela dos “Serviços de Arquitetura” resolvi fazer uma brincadeira e construir nossa tabela de “Serviços Fotográficos”. Se esqueci de alguma coisa e alguém quiser complementar, basta deixar um comentário no blog que acrescento em nossa tabela. Divirtam-se!

“Serviços Fotográficos”

Devido à boa procura por nossos serviços e para facilitar à clientela e o entendimento de nossos honorários, nós fotógrafos, resolvemos elaborar esta elucidativa tabela:



GERAIS:

- Dar um “palpite”: R$ 100,00.

- Só “trocar umas idéias”: R$ 200,00.

- Comprei uma câmera compacta, só preciso de umas “orientações” no funcionamento: R$ 400,00

- Dicas de enquadramento: R$ 500,00

- O que é ISO? R$ 800,00

- Com flash ou sem flash? R$ 100,00

- Como elimina o olho vermelho? R$ 130,00

- Dá para você ensinar rapidamente como funciona o menu? R$ 700,00

- O que é abertura de diafragma? R$ 600,00

- O que é exposição? R$ 800,00

- Como faço para minha câmera fazer umas fotos igual a sua? R$ 3000,00

Esse é o mais grave, alguns leigos gostam da nossa foto e acham que a façanha é da câmera que é boa e não o fotógrafo.

EVENTOS:

- Fotos de aniversário: R$ 800,00

- Fotos de aniversário para um amigo que te convidou somente com esse interesse: R$ 1200,00

- Festinha de final de ano da empresa onde um conhecido trabalha, o fotógrafo nem faz parte a empresa, mas foi convidado para a festa e solicitaram levar sua câmera. Nesse caso leva-se a câmera compacta, aquela que você sempre carrega no bolso e cobra-se: R$ 2400,00 pelas fotografias clicadas durante a festa.

- Fotografias industriais: R$ 900,00

- Fotos de casamento: R$ 4000,00

- Fotos de casamento para um amigo que te convidou somente com esse interesse: R$ 9000,00



ARQUITETURA:

- Fotos de arquitetura ou decoração solicitada por um profissional da área: R$ 120,00 a foto.

- Fotos de arquitetura ou decoração solicitada por um amigo que deseja mostrar a propria casa no Orkut ou enviar para os amigos: R$ 360,00 a foto.



GASTRONOMIA:

- Fotos de culinária para um restaurante: R$ 150,00 cada.

- Fotos de culinária para uma revista de grande visibilidade: R$ 150,00 cada.

- Fotos de culinária para o livro de um grande chef: R$ 150,00 cada.

- Fotos de culinária para aquele seu amigo que adora cozinhar e quer postar no Orkut: R$ 300,00 cada.



FOTOJORNALISMO:

- Venda de imagens para um site de informação na web: R$80,00 cada.

- Fotos para o Orkut do seu amigo: R$ 160,00 cada.

- Fotos para um jornal: R$ 120,00 cada.

- Primeira página: R$ 800,00

- Jornal de bairro e ou condomínio, achou seu trabalho interessante e quer de graça: R$ 360,00  por cada fotografia enviada. Se for para a capa do jornal: R$ 1600,00

- Documentário para uma revista: R$ 220,00 cada

- Capa de Revista: R$ 1200,00

- Revista do supermercado do Seu Zé: não faça porque é queimação de filme (literalmente).



ESTÚDIO:

- Book: R$ 1200,00

- Book para um amigo ou parente que quer fazer de graça: R$ 2000,00

- Ensaio de moda para um catálogo: R$ 220,00 a foto.

- Fotos para a filha da sua amiga que inventou que quer ser modelo, mas não tem dinheiro para pagar: R$ 440,00 a foto.

- Fotografias de jóias para um anúncio ou catálogo: R$ 300,00 a foto.

- Fotografias para as bijouterias da loja da minha vizinha, pediu as fotos com a intenção de não pagar nada: R$ 600,00 a foto.

- Fotografia de produto para um anúncio:

Revista: R$ 300,00 a foto.

Outdoor: R$ 2000,00 a foto.

Seu amigo inventou um produto e quer divulgar no blog dele: R$ 1000,00 a foto.

Atenção: Os valores acima não correspondem aos valores reais cobrados por um fotógrafo profissional, são meramente ilustrativas.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Poá fica mais uma vez sem o Dia da Bíblia

No segundo domingo de dezembro, é comemorado o Dia da Bíblia. Tal comemoração, acontece geralmente em todos os templos das mais diversas denomínações evangélicas de todo o pais, onde por vezes, alguns departamentos apresentam manifestações durante o culto, ou até tem igreja, que dedica o dia de hoje focando no tema Bíblia Sagrada.

A cidade de Poá, a mais de 20 anos tem a Praça da Bíblia, e desde o dia 12 de dezembro de 1995, o prefeito Eduardo Carlos Fellipe sancionou a lei 2.495 do Dia de Comemoração a Bíblia (http://migre.me/2TCde )
. A qual foi modificada pelo prefeito Carlos Roberto Marques da Silva pela de número 2.160 em 10 de maio de 2006  (http://migre.me/2TCfy).

O que mais chama a atenção, é que na lei anterior tem um parágrafo que diz: “Parágrafo Único. O evento deverá ser organizado pelo Conselho de Ministros Evangélicos de Poá em conjunto com a Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo do Município de Poá.”

Porque não aconteceu?

O Conselho de Pastores de Poá, não se reuni com frequência, onde até agora não conseguiu se organizar de fato, pois existe o encontro dos pastores na cidade, denominada Partir do Pão, onde eles em um ato de unidade de confraternizam, trocam experiências e mantém um ato de comunhão e união. Eles mesmo se confundem com o Partir do Pão, e Conselho de Pastores. Até quando ficará assim?

O atual presidente do conselho, pastor Carlos Alberto Romano, o pastor Nene - já disse e assumiu que ele não tem este traquejo e ou jogo de cintura para poder fazer a lei cumprir e ou ser um ativista político, enquanto isto, a coisa não anda, ou melhor, o que caminha bem pelo grupo de pastores da cidade de Poá, é a Marcha Para Jesus, encabeçada por outros interesses, entre eles, de tentar fazer a igreja aparecer mais, ou ter mais membros entre eles jovens, para algumas igrejas e ou pastores organizadores.

A não realização do evento, mostra o descaso tanto da atual administração, onde não faz cumprir a lei e o calendário do município. Já a presidência e diretoria do Conselho de Pastores de Poá, mostra também uma total falta de compromentimento com esta data tão importante para os Cristãos Evangélicos.

HISTÓRIA DO NATAL DIGITAL

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Jovem evangélico é humilhado e demitido pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça

Marcos Paulo dos Santos
A testemunha descreve a cena tal qual a vítima fez constar no boletim de ocorrência. Por volta das 16h do dia 19 de outubro, o estagiário, após entregar um processo na seção de documentos administrativos, que fica no subsolo do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, dirigiu-se para a agência do Banco do Brasil no complexo de prédios da corte a fim de fazer um depósito por envelope para uma amiga.

Vestindo camisa polo, calça jeans e sapato social, foi informado por um funcionário da agência de que em apenas um dos caixas eletrônicos poderia ser feita a transação. Justamente aquele, em uso por um homem de terno e gravata, aparentando 1,60 metro, que ele inicialmente não reconheceu. Postou-se atrás de linha de espera, traçada no chão da agência. O diálogo que se seguiu foi o seguinte:

- Quer sair daqui? Estou fazendo uma transação pessoal – disse o senhor, após voltar-se duas ou três vezes para trás, “de forma um tanto áspera”, como relataria o jovem, em seu português impecável.

- Senhor, eu estou atrás da linha de espera. – foi a resposta, “em tom brando”, como contou, ou “de forma muito educada”, na confirmação da testemunha.

- Vá fazer o que tem que fazer em outro lugar! – esbravejou o homem em frente ao caixa eletrônico.

- Mas, senhor, minha transação só pode ser feita neste caixa…

- Fora daqui! – o grito, a essa altura, chamou a atenção de pessoas que passavam e aguardavam na agência.
E foi completada pelo veredicto, aos brados:
Ari Pargendler, presidente do STJ

- Eu sou Ari Pargendler, presidente deste tribunal. Você está demitido, entendeu? Você está fora daqui, isto aqui acabou para você. De-mi-ti-do!

Assim terminou a carreira do estudante de administração Marco Paulo dos Santos, de 24 anos, na segunda mais alta corte do País. Ele entrara no STJ no início do ano, após passar por um processo seletivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), na capital federal, do qual participaram mais de 200 candidatos.

Marco ficou entre os dez primeiros. Todos os dias, saía do apartamento onde mora com a mãe e o irmão em Valparaíso de Goiás, cidade-satélite a 35 km de Brasília, e levava uma hora de ônibus até chegar ao estágio. Dava expediente das 13h às 19h, pelo que recebia R$ 600 por mês, mais R$ 8 por dia de auxílio-transporte. Pouco importa. Martelo batido.

“Foi uma violência gratuita”, avalia a brasiliense Fabiane Cadete, de 32 anos, que estava sentada com uma amiga na fila de cadeiras ao lado dos caixas eletrônicos naquele dia. “Ele (Pargendler) gritava, gesticulava e levantava o peito na direção do Marco.” Chamou-lhe especialmente a atenção a diferença de estatura – literal, no caso – dos dois protagonistas. Marco tem 1,83 metro. “O juiz puxou tanto o cordão do crachá para ler o nome do menino, que as orelhas dele faziam assim, ó”, mostra ela, empurrando as suas próprias como se fossem de abano.

Batalha difícil
Fabiane conta que ficou receosa antes de decidir depor em favor de Marco – que, no dia seguinte, registrou queixa por “injúria real” contra o presidente do STJ na 5ª delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal. Funcionária de uma empresa que presta serviços ao tribunal, ela jura que nunca tinha visto Marco antes na vida, mas ainda assim se dispôs a contar o que viu.

A amiga, que tem mais anos de casa no STJ, preferiu se preservar. “Eu não me sentiria em paz comigo mesma se não falasse”, explica Fabiane, que cursa direito no Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb). “Como futura advogada, fiquei decepcionada com o ministro.”

Como Ari Pargendler só pode ser julgado em instância superior no Judiciário, o delegado Laércio Rossetto encaminhou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o processo corre em segredo de Justiça.

Remetido inicialmente para a ministra Ellen Gracie, esta se declarou impedida por manter relações de amizade com Pargendler. Redistribuído pelo presidente do Supremo, Cezar Peluso, caiu nas mãos do ministro Celso de Mello, jurista que não tem por hábito “sentar em cima” dos casos mais polêmicos.

O depoimento de Fabiane animou o até então cauteloso advogado de Marco, preocupado em não expor seu cliente a uma contraofensiva judicial. “Não tenho vocação nenhuma para Policarpo Quaresma”, diz Antonielle Julio, que teve uma prévia das dificuldades que vai enfrentar quando solicitou à gerência do Banco do Brasil no STJ as imagens do circuito interno de segurança, que revelariam facilmente quem está com a razão. Ouviu que o sistema apresentou falha técnica e “não há imagem alguma”.

A Bíblia e os ‘policiais’
Marco Paulo dos Santos é negro, filho de brasileira com africano e nascido na Grécia. Vista de perto, sua história de vida é tão espantosa quanto o diálogo supostamente travado na agência bancária do STJ. Sua mãe, a doméstica Joana D’Arc dos Santos, de 56 anos, natural de Raul Soares (MG), passou como ele por um concurso que mudaria o rumo de sua existência. Ainda solteira, na década de 80, leu um anúncio no jornal Estado de Minas em que a esposa de um diplomata mineiro procurava uma empregada para acompanhar a família em seu novo posto no exterior.

Quando chegou a Belo Horizonte para a entrevista, uma centena de candidatas já havia passado pelo crivo da patroa, mas foi Joana quem levou. “Ela agradou mais de mim”, conta, na construção típica da zona da mata mineira.

Em Atenas, Joana conheceu o marinheiro cabo-verdiano José Manoel da Graça, que trabalhava em um navio petroleiro. O namoro deslizava em mar de rosas, quando o patrão recebeu ordens do Itamaraty para se transferir para a Embaixada do Brasil no Chile. E lá se foi Joana D’Arc de volta para a América.

Mas, com banzo de seu africano, em pouco tempo abandonava o emprego para voltar a sua odisseia grega. Amigou-se com Manoel em Atenas e teve com ele dois filhos: Daniel David e Marco Paulo.

Cinco anos depois, foi a saudade do Brasil que bateu e Joana embarcou de volta com os meninos. Primeiro, para Minas; depois, Brasília. Manoel foi navegar outros mares. “Fiquei esperando, porque ele nunca disse que não vinha. Os telefonemas foram rareando, só Natal, aniversário… E Manoel acabou não vindo”, dá de ombros. Hoje, é com a tormenta jurídica do caçula que ela se preocupa. “Sabe como é, a gente foi criada no negócio do ‘deixa pra lá’. Mas ele decidiu assim, entrego nas mãos de Deus.”

Em casa, o primogênito Daniel, hoje com 27 anos, é o voluntarioso e bem-humorado. Já Marco sempre foi introvertido e responsável. A mãe conta que, enquanto faxinava nas casas de família, o garoto dava um jeito de se enfurnar na biblioteca dos patrões. “Sempre foi menino de ler. Passava duas, três horas… eu até esquecia dele.” Daí a facilidade, talvez, com que passou em todos os testes que fez até hoje, inclusive o do Prouni – programa de bolsas de estudos do governo, que lhe permite cursar administração no Iesb.

Evangélico, como toda a família, Marco traz sempre a Bíblia debaixo do braço. E algum romance policial de Agatha Christie e Conan Doyle. Mas também passeou por leituras mais substanciosas, como O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. “É uma aula de vida. Ele juntou todo o conhecimento de como se governar, lidar com as pessoas, a política e o poder. É muito útil para um administrador”, ensina o estagiário defenestrado do STJ.

Na melodia do Supremo
Outro dos talentos de Marco é a música. Na igreja, deu seus primeiros acordes. E logo conseguiu uma bolsa no tradicional Clube do Choro de Brasília, onde estuda violão de sete cordas. O professor, o instrumentista carioca Fernando César, de 40 anos, é só elogios: “Ele é um cara supertranquilo, aplicado e musical. Lê muito bem partitura”. Empreendedor precoce, escreveu e lançou em junho, por uma editora evangélica, um método de ensino de violão para os fiéis sem condições de pagar por um curso.

Agora, ainda desempregado, dedica-se com mais afinco à execução de clássicos como Vou Vivendo, de Pixinguinha, cujos versos finais são: “Vou vivendo assim/ Porque o destino me fez um vadio/ Novo endereço ele vai traçar/ E virei para te avisar/ Quando à noite uma toalha de estrela/ Tiver para me cobrir”.

Mesmo apreensiva, Joana D’Arc não esconde o orgulho pela coragem do filho em enfrentar o presidente de uma das instituições mais poderosas do País. “Antes de ir para a Grécia eu era um bicho assustado. Achava que por ser negra e pobre era normal ser humilhada e maltratada. Mas lá, a gente entrava num restaurante ou em qualquer lugar chique e era recebido como todo mundo. Então, não deixei meus filhos crescerem com esse pensamento meu.”

Procurado pela reportagem do Estadão para dar sua versão dos fatos, o ministro Ari Pargendler disse por intermédio da assessoria que não vai se manifestar. No telefone da corte, em chamada de espera, ouve-se a seguinte mensagem: “Ter acesso rápido e fácil à Justiça é um direito seu. STJ, o Tribunal da Cidadania”.

Fonte: Estadão/Gospel+

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Por uma infância sem racismo

Nem tudo o dinheiro compra

Hoje antes de vir trabalhar, passei em um padaria da cidade, onde pessoas que vão começar mais um dia de trabalho, passam ali para fazer sua primeira refeição da manhã, para mais um dia de luta.

Claro que pela manhã nossa mente planejando o que será feito durando o dia, ao menos eu pensando assim, também a mesma fica mais arejada e observa mais as coisas.

Foi então, que pude fazer uma análise sociológica de pessoas, ou mais precisamente de um empresário bem sucedido em seu trabalho, onde com o fruto dele é hoje me pessoa de destaque na sociedade, e meio comercial.

Sabendo eu, que nem sempre teve uma vida pujante como a que tem hoje, esquecendo de suas origens, não prestando atenção como deveria em seu semelhante, onde prática uma discriminação velada, mal sabendo ele, que pode e já foi vítima desta sociedade cheias de ondas, onde algumas com dessabores, já lhe bateu a porta de sua casa.

Tal atitude, leva sim uma contribuição negativa para a sociedade por um todo, onde com todo o seu patrimônio financeiro, ainda não percebeu, ou não se atentou para um simples detalhe, mas que pode lhe trazer impacto social, onde a vítima pode ser ele, e os seus.

Afinal, nem tudo o dinheiro compra.