Rio de Janeiro – Situações de tragédia, como a que se abateu esta semana sobre o Rio de Janeiro devido às fortes chuvas, resultam num risco extra que é a possibilidade de contaminação da água e a transmissão de doenças. “O risco de doenças é muito maior”, disse à Agência Brasil a médica imunologista Corina Toscano Sad, representante da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) em Minas Gerais.
Entre as doenças que podem ser transmitidas por águas pluviais contaminadas estão a hepatite e a leptospirose. Corina Toscano esclareceu que, em uma pessoa saudável, que não é portadora de doenças crônicas, o sistema imunológico vai reagir melhor contra essas infecções. “Vai estar preparado para lidar com essas doenças e acabar com elas. Chegar à cura”, observou.
Muitas vezes, inclusive, a pessoa nem apresenta sintomas, como diarréia, vômito ou gripe viral. Segundo a especialista, nosso corpo foi preparado para essas situações de risco. “O nosso sistema imunológico trava essa batalha silenciosa no dia a dia contra os agressores invisíveis”. Ela observou, porém, que em situações como a das enchentes, esses vírus e bactérias atacam o organismo em uma carga maior.
Os organismos de pessoas mais debilitadas acabam sofrendo mais, uma vez que o sistema imunológico não estará funcionando bem, conforme destacou a imunologista. A vacinação básica contra o tétano, a difteria e hepatite, por exemplo, é um elemento que contribui para fortalecer o organismo. “Isso melhora ainda o sistema imunológico, que vai ter as suas armas prontas para contra-atacar essas doenças e ter uma resposta bem mais rápida”.
Estresse, fadiga, falta de sono, má alimentação são fatores que também desequilibram o sistema imunológico, de acordo com Corina. “As defesas vão estar mais baixas e [a pessoa] vai adoecer mais”.
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
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